Casei com uma jovem aos meus vinte anos
E todos meus planos do futuro eu fiz
O destino quis nasceu um filhoDo amor e carinho me tornei feliz.
Criei tão formoso o orgulho do lar
E para estudar muito esforço eu fiz
O destino quis quando se formou,
Como, médico embarcou para outro País.
Passou-se dez anos sem ver meu filho
A mãe sem carinho chorava demais
Olhava pro cais mas nada avistava
A lágrima banhava os olhos dos pais.
Sua pobre mãe muito triste vivia
Às vezes dizia que eu era o culpado
Eu angustiado mal lhe respondia
E com um dia fiquei intrigado.
Saí com um amigo pra mesa de um bar
Pra mágoa afogar eu bebia com gosto
Mas ele em meu rosto fez declaração
De uma traição banhou-me em desgosto.
As tristes palavras o ébrio narrando
E eu escutando o remorso sentindo
Jurava ferindo pela fria lousa
Que minha esposa estava me traindo.
A embriaguez eu obedecendo
Comigo dizendo eu me vingarei
Pra casa rumei já cambaleando
Quando fui chegando que cena encontrei.
Pois fui avistando um homem em meu lar
A se abraçar com ela e beijando
Eu nada pensando de longe atirei
Os dois eu matei e fiquei gargalhando.
De arma na mão saindo a fumaça
Meu Deus que desgraça a que pratiquei
Pra perto cheguei fui vendo o mau trilho
A esposa e meu filho eu assassinei.
Pois era meu filho que tinha chegando
E à mãe abraçado com tanta emoção
Estendeu-me a mão quando foi caindo
Por certo pedindo a minha benção.
Do ébrio maldito fui ouvindo a fala
E com uma bala no peito o matei
Depois disparei a última em meu peito
Não feriu direto por sorte escapei.
Dali fui levado pra uma prisão
A condenação depois do jurado
Num cárcere trancado pro resto da vida
Assim foi a vida de um sentenciado. - FIM